Madeira: Jardim confirma pelo menos 30 mortos
O temporal que desde a madrugada se abateu sobre a Madeira causou pelo menos 30 mortos e 63 feridos. O número de vítimas mortais foi confirmada há momentos pelo presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim.
Jardim disse aos jornalistas que estão a ser preparados alojamentos para mais de 200 pessoas e anunciou que deu ordens para lançar de imediato um concurso público para resolver os problemas de realojamento das pessoas que ficaram sem casa.
No Serviço de Urgências do hospital Dr. Nelio Mendonça, no Funchal, deram entrada até ao momento 63 feridos, dois dos quais em estado grave, afirmou hoje o responsável clínico da instituição.
Em conferência de imprensa Pedro Ramos, o director clínico e o presidente do Serviço de Saúde da Madeira, Miguel Ferreira e Almada Cardoso, fizeram o primeiro balanço da situação no hospital na sequência do temporal que assolou hoje a região que provocou várias vítimas e desaparecidos.
Estes responsáveis garantiram que existe um plano de resposta hospital para emergências externas com vítimas que abrange diversos níveis que “foram todos activados”.
“Temos neste momento 63 pessoas que deram entrada no serviço de Urgências com os mais variadíssimos problemas e que obrigou o Hospital a activar todos os níveis de resposta à catástrofe”, disse Pedro Ramos.
Destes casos, “apenas duas situações merecem a atenção do bloco operatório, da especialidade de ortopedia e que estão em condições de serem submetidas à intervenção cirúrgica de que necessitam”.
Quanto aos feridos, o director clínico adiantou que “alguns casos são de hipotermia, pessoas que ficaram soterradas ou foram arrastadas nas enxurradas, pequenas feridas, a maior parte são situações de baixo risco que só vão ficar até domingo por questão de segurança e é difícil regressarem aos seus lares”.
Miguel Ferreira garantiu que neste momento “a situação está toda controlada, as equipas de intervenção do Bloco e várias especialidades, todos os colegas responderam ao apelo do virem para o Hospital e estão de prevenção”.
Referiu que também as equipas de enfermagem estão superreforçadas e o pessoal de todos os sectores deram um “apoio excepcional para uma eventualidade de socorro”.
Mencionou que as difíceis comunicações com os outros pontos da ilha levaram o Serviço de Saúde a equacionar, “se houver dificuldades de acesso ao hospital, abrir noutras zonas ou centros de saúde um posto”.
O pessoal do heliporto do Hospital do Funchal também está de prevenção.
Os responsáveis hospitalares vão fazer uma actualização da situação às 19:00.
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