Hola, Encontre un articulo publicado en una pagina portugesa de internet la cual se refiere al tema de la disparidad que hay entre el deshielo del artico y el aumento del mismo en la antartida parece ser que sto se ha dado y de manera muy frecuente a lo largo d los ultimos 100.000 años en momentos de cambios climaticos abruptos llamados
eventos Dansgaard-Oeschger y que estarian relacionados con la corriente del golfo El autor no se atrebe a afirmar que estemos pasando por un evento de estas caracteristicas pero deja la puerta abierta y bien podria ser el comienzo de este.
aqui el articulo:Gelo bate recorde de mínima no Ártico e de máxima na Antártida A semana que está terminando teve na criosfera (parte congelada da superfície da Terra) os seus fatos mais marcantes do clima mundial. Ao mesmo tempo se produziram situações completamente distintas. A cobertura de gelo no hemisfério norte atingiu o mínimo histórico, batendo um recorde negativo desde o início das observações. Neste momento a cobertura de gelo no Ártico é de apenas 2,9 milhões de quilômetros quadrados, uma queda de 27% em relação ao recorde de mínima anterior do ano de 2005.
Devido ao assustador degelo, a chamada Passagem Noroeste ficou completamente livre, abrindo uma rota historicamente intransponível entre a Europa e a Ásia no Ártico que liga o Atlântico ao Pacífico. A abertura da passagem foi registrada em imagens de satélite pela Agência Espacial Européia (ESA) com uma animação mostrando a variação entre 2005 e 2007.
Uma rota de navegação pela Passagem Noroeste no Ártico canadense há muito é reputada como uma opção mais barata que o Canal do Panamá para muitas embarcações. Nos últimos cem anos, cerca de 150 barcos atravessaram a Passagem Noroeste, a maioria formada por pequenas embarcações de turismo, uma vez que estão menos expostas a danos provocados pelo gelo. O jornal Wall Street Journal publicou uma animação gráfica muito bem feita mostrando o histórico de navegação pela passagem (veja). Já a chamada Passagem Nordeste, através do Ártico Russo, permanecia parcialmente bloqueada pelo gelo.
No pólo sul acontece exatamente o oposto. A cobertura de gelo no hemisfério sul bateu um novo recorde de máxima nesta semana desde o início das observações por satélites em 1979. A cobertura atualmente alcança 16,26 milhões de quilômetros quadrados contra o recorde prévio de 16,03 milhões, uma variação de 1,4% em relação à máxima histórica anterior.
Se a Península Antártica aqueceu em anos recentes e a cobertura de gelo diminuiu nas áreas próximas durante o verão do hemisfério sul, o interior do continente gelado tem ficado mais frio e com mais gelo em processo duradouro. Dados de estações no interior da Antártida mostram um resfriamento de 0,5ºC nos últimos 50 anos, tendo sido 2004 o ano mais frio da série histórica, o que refletiu-se – não por coincidência – em importantes incursões de ar frio na América do Sul.
Mesmo assim, em 2002 houve grande furor midiático e de ambientalistas quando a parede gelo de Larsen se rompeu e a cobertura de gelo sofreu uma abrupta, porém, temporária queda. À época, atribui-se ao aquecimento global o rompimento da enorme parede de gelo.
Ocorre que o aquecimento global nada teve a ver com a desintegração da barreira de gelo. Ao contrário, o rompimento deu-se exatamente durante um grande pico de atividade solar que resultou em significativo aquecimento regional, o enfraquecimento dos vórtices polares e até mesmo o colapso temporário do vórtice do sul. O resultado foi o incremento do vento e das correntes que levaram ao rompimento do bloco de gelo. Desde então a atividade solar diminuiu muito e o gelo iniciou o processo de recuperação.
É marcante o fato que no mesmo momento em que o gelo bate recorde de mínima no Ártico bate recorde de máxima na Antártida. A situação, contudo, já se deu dezenas de vezes ao longo da história da humanidade durante eventos de mudanças climáticas radicais e abruptas conhecidos como Dansgaard-Oeschger, assunto que foi abordado pelo meteorologista da MetSul Meteorologia Eugenio Hackbart durante o ano de 2006. Não é possível afirmar-se que um evento Dansgaard-Oeschger (DO) esteja em curso, mas o histórico de total falta de sincronia entre os pólos se ilustra justamente a partir da análise desta teoria. Eventos Dansgaard-Oeschger (DO) são flutuações climáticas que ocorreram durante e no final da última era de glaciação. Cerca de 23 eventos foram identificados ao longo de cem mil anos. No hemisfério norte eles se manifestaram na forma de episódios de rápido aquecimento, em questão de décadas, que foram sempre seguidos por um resfriamento gradual por um longo período. Cerca de 11.500 anos atrás a Groenlândia aqueceu 8ºC em tão-somente quarenta anos. Como se dá este processo, constatado a partir de amostras de gelo, é ainda um mistério para os cientistas. No hemisfério sul, o padrão observado foi diferente com aquecimento mais gradual e flutuações de temperatura muito menores, assim como vem ocorrendo nestas últimas três décadas de aquecimento do planeta. Uma pesquisa mostrou uma absoluta sincronia entre as mudanças de comportamento dos pólos ao longo da história com degelo do Ártico no momento em que o gelo da Antártida aumentava e vice-versa.
Eventos de Dansgaard-Oeschger (DO) estariam relacionados a mudanças na circulação termoalina do Atlântico Norte, resultando em resfriamento do hemisfério norte a longo prazo. Com a cobertura de gelo aumentada pelo resfriamento, aumenta o albedo de superfície com maior reflexo da luz solar de volta para o espaço, o que promove um aumento ainda maior da cobertura de gelo.
Autor: Luiz Fernando Nachtigall